sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mundo quão

eu não quero ter lugar
nunca tive intenção
poeta algum há de estragar
a república de platão

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

1ª Canção de amor

Tuas asas me bastam –
ao meu sonhar ininterrupto,
ao meu ofício em ócio
ou pressa.
Meu peito te basta ao coração –
teu perfeito leito imutável,
intransponível morada onde repousas
tua pele de rosa/fonte.
Saudade de ti não me rompe a carne,
faz cócegas! Dela caçoo
enquanto passeio por entre nossas
paisagens por ter em mim a certeza
de sempre te alcançar.

Teu sorriso me basta à vida
por iluminá-la, arrebatá-la
como fogos de artifício a
adornar o céu de tua mansidão.
Temor não tenho
porque perder-te seria ter
amor amputado do que me do corpo sobrasse:
sombra apenas só!

És meus passos pois fazemos
o caminho conhecido, juntos,
e teamar! hoje se equipara
a respirar.

Mora em ti a ilusão do verso –
gesto extremo ao que
se mova (aí) fora da canção.

Ao meu grande amor, Vanete Oliveira, minha noiva, meu amor!